Por que a política virou um campo de guerra emocional?
- Marcos Henrique
- 14 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de out.
Há tempos o cenário político brasileiro vem me incomodando. Sempre fui apaixonado por política — acompanho há bastante tempo — e já vi
mudanças de governos, o nascimento e o fim de legendas partidárias, além do surgimento de novas figuras políticas no Brasil e no mundo.
Mas o momento atual exige reflexões e ponderações. Uma divisão profunda assola o país, e me pergunto: quando foi que perdemos a capacidade de divergir, de pensar diferente e ainda manter o respeito, sem odiar ou desejar o fim do outro?
A maneira como tratamos a política hoje me choca. Divergir se tornou quase uma blasfêmia, capaz de despertar os piores sentimentos em quem discorda. As discussões sobre o melhor caminho para o desenvolvimento do país foram substituídas por um comportamento de torcida, esquecendo o verdadeiro sentido da política: o bem comum.
Xingamentos e rótulos — muitas vezes sem sentido ou fora de contexto — são usados com naturalidade. “Comunista”, “fascista” e outros termos são jogados ao vento, e acredito que a maioria sequer sabe o que realmente significam. Vi, com perplexidade, o fim de amizades de longa data e brigas familiares por causa de política.
As redes sociais, que poderiam ampliar o debate, viraram arenas virtuais onde as pessoas buscam apenas reafirmar suas próprias verdades. O contraditório foi silenciado. Para muitos, quem pensa diferente deve ser aniquilado.
É necessário mudar.
Precisamos entender que divergências são naturais — e, na maioria das vezes, saudáveis. Quem pensa diferente de nós não é nosso inimigo. Esse talvez seja o ponto crucial que precisamos superar.
As diferentes visões políticas podem nos levar a um nível mais alto de compreensão da sociedade. Não pretendo convencer ninguém a abandonar suas convicções, mas sim convidar a todos a trazer suas ideias de volta à mesa do diálogo.
Tenho meus pensamentos e o modelo de país que acredito ser o melhor. Imagino que você, que está lendo, também os tenha. Podemos pensar diferente — e ainda assim, nos respeitar.
Te convido, a partir de hoje, a fazer isso junto comigo.




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